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Matemática, o terror dos estudantes!

O ENSINO 
A matemática e até mesmo outras matérias, desde o descobrimento do Brasil, eram ministradas pelos jesuítas, até a expulsão deles, em 1759. Desta data até 1808, os ex-alunos dos jesuítas ficaram encarregados do ensino. De 1808 a 1834 a matéria era ministrada nas escolas do exército e da marinha e, a partir de 1873, também nas escolas de engenharia. Em 1874 foi criada a Escola Politécnica, a partir da Escola Central – ex-Escola Militar. A Escola de Minas de Ouro Preto foi criada em 1875 e a Escola Politécnica de São Paulo em 1893. Assim, o ensino da matemática passou também a ser oferecido em escolas não militares.
Ela é o terror de muitos alunos. Basta a expressão “resolva o problema”, usada nos exercícios da matéria, para causar arrepios e depressão. Mas, será que a matemática, cujo Dia Nacional é comemorado no dia 6 de maio, é mesmo esse pavoroso bicho papão? De acordo com pesquisa recente, encomendada pela UNESCO ao Grupo de Avaliação e Medidas Educacionais da Universidade Federal de Minas Gerais, cerca de 40% dos alunos que concluíram o Ensino Fundamental em escolas públicas, entre 2005 e 2009, não absorveram o nível básico da disciplina que é esperado nessa etapa.

RAZÕES PARA A REJEIÇÃO
Segundo o professor de matemática Luciano Santana, do Colégio Padre Antônio Vieira, do Rio de Janeiro, três fatores contribuem para a rejeição à matéria. O primeiro é histórico: algumas escolas criaram o mito de que aprender matemática é difícil. Basta dizer que, no século VI a.C., os alunos que pretendiam entrar para o Instituto de Pitágoras, chegavam a ficar 12 horas trancados em celas para desvendar enigmas matemáticos e, se não conseguissem êxito, eram humilhados perante seus pares.
O segundo fator que contribui para o medo com relação à matemática, segundo o professor, se baseia na psicanálise: de acordo com Sigmund Freud (foto), considerado o pai da psicanálise, o processo de aprendizagem está ligado ao prazer de aprender; portanto, a falta de motivação, por parte do professor, e de aulas dinâmicas, principalmente nas fases iniciais da aprendizagem, contribuem para a rejeição nas etapas mais avançadas do ensino. O terceiro motivo, segundo Santana, é o currículo estudado, considerado por ele muito extenso e cobrado num nível alto de aprofundamento. “Conteúdos como números complexos não fazem sentido no Ensino Médio, para quem não vai tentar áreas como engenharia”, explica ele.

CRIANÇAS
A professora de matemática da Universidade Federal de Uberlândia, Cristiane Coppe, explica que as crianças da Educação Infantil gostam da matéria, pois ela é ensinada de forma lúdica e trabalhada sempre de maneira concreta. Mas, depois que os estudantes começam a estudar as disciplinas isoladamente, há, na avaliação da professora, um rompimento do concreto para o abstrato. “Essa passagem se dá de modo brusco, no processo de ensino e aprendizagem da matemática, o que a torna sem significado. Como se pode gostar de algo que não se entende?”
Já no fim do Ensino Fundamental, a matemática deixa de ser o bicho papão e passa a ser o bicho de sete cabeças, formado também pela química e pela física. “O fato de um aluno não gostar de matemática terá grande influência em química e física, matérias que dependem muito das ferramentas da matemática em seus cursos. A vantagem dessas duas últimas ciências é que elas podem oferecer aulas em laboratórios para quase todos os conteúdos abordados, o que, em matemática, não é tão fácil”.
Para estimular os alunos, Santana explica que o Colégio Padre Antônio Vieira realiza maratonas de matemática, inspiradas nas olimpíadas da Sociedade Brasileira de Matemática. Os três melhores colocados são premiados com média 10 na disciplina. “O que observamos é que os alunos que não gostam de matemática participam efetivamente, pois existe o estímulo de obter a nota 10. Além disso, a prova é possível de ser feita por eles, pois não prioriza conteúdos, uma vez que utilizamos questões de raciocínio lógico também”. Santana acredita que o primeiro passo para os alunos encararem a matemática como algo menos complicado é melhorar a qualificação dos profissionais na educação básica: “É preciso oferecer mais conhecimento matemático, pois a maioria dos professores tem um conhecimento limitado. O segundo passo é cobrar dos pais maior empenho no processo. E, por último, rever urgentemente o currículo oferecido”. Já Cristiane ressalta que o educador deve mostrar que há diversos caminhos para a resolução de um problema matemático: “Ele deve possibilitar ao aluno a investigação matemática, a experimentação com erros e acertos e a formalização de conceitos, após observações em um ambiente propício à aprendizagem”.

MALBA TAHAN
Um dos educadores que fizeram isso com maestria foi o professor Júlio Cesar de Mello e Souza (1895-1974), que usava o pseudônimo de Malba Tahan (foto). “O que considero mais relevante nos livros do professor Júlio Cesar é a junção genial de ciência, imaginação, matemática e cultura árabe”, diz Cristiane, que é estudiosa da obra do autor. O livro mais conhecido de Malba Tahan, “O Homem Que Calculava”, é um conto matemático. São narrativas que se desenrolam com a personagem Beremiz Samir e utilizam conceitos como história da matemática, resolução de problemas e etnomatemática, entre outros. Malba Tahan conquistou leitores no mundo inteiro, através da matemática, e mostrou que o aprendizado da ciência pode ser muito divertido. Em sua homenagem, o dia do seu aniversário, 6 de maio, foi decretado o Dia Nacional da Matemática.

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